Anísio
Teixeira (1900-1971)
Educador,
nascido em Caitité (BA), formou-se em Direito no Rio e em Educação nos Estados
Unidos (Universidade de Columbia). Formulou e sustentou, em situações de grande
pressão, a tese de dinheiro público para a escola pública, embora reconhecesse
e apoiasse o papel complementar da escola privada. Sua cruzada pela renovação
do sistema educacional só foi interrompida nos momentos em que setores o
boicotaram, em 1935 e 1964.
Na década de
20 liderou três reformas educacionais, na Bahia, no Ceará e no antigo Distrito
Federal. Também são realizações de Anísio Teixeira a Universidade de Brasília,
o Instituto de Pesquisas Educacionais, a Fundação Nacional de Ciência, o
Instituto de Educação, pioneiro no Brasil na formação superior de professores
para a escola primária, entre muitos outros.
Algumas de
suas principais obras são: Educação para a Democracia, A Educação e a Crise
Brasileira, A Universidade e a Liberdade Humana, Educação não é Privilégio e
Educação no Brasil.
Paulo Freire (1921 1997)
Paulo Régis
Neves Freire, educador pernambucano, nasceu na cidade do Recife. Foi alfabetizado
pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da
casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de
Jaboatão.
Na
adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa.
Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de
Direito do Recife. Enquanto cursava a faculdade de direito, casou-se com a
professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a esposa, tem teve cinco
filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife.
No ano de
1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi,
onde entra em contato com a alfabetização de adultos. Em 1958 participa de um
congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso, apresenta
um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo
com suas ideias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada
ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade
para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política
No começo de
1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa
Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização
de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.Viveu no
exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de
educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela,
Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil
no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Durante a
prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário
municipal da Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo
trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África.
Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Suas
principais obras foram: Pedagogia do oprimido; Educação e mudança; A
importância do ato de ler (em três artigos que se completam); Alfabetização -
Leitura do mundo, leitura da palavra; À sombra desta mangueira; Pedagogia da
Autonomia; Pedagogia da indignação cartas pedagógicas e outros escritos.
Darcy Ribeiro (1922 1997)
Nasceu em
Montes Claros, Minas Gerais. Antropólogo renomado, político atuante, escritor
destacado na literatura (membro da Academia Brasileira de Letras) e educador
brilhante e inovador. É difícil imaginar que alguém pudesse realizar tudo isso
e em grandes partidas, de modo tão efetivo como fez. Este é o verbete de quem
viu e conviveu com alguns desses projetos, e conversou algumas vezes com seu
autor. Tais conversas me levaram a ver no Darcy um diferencial de intenções e
uma disposição em realizá-las.
Dentre seus
livros, pode-se citar O processo civilizatório (1968), traduzido em todo o
mundo; é o início da grande obra Estudos de antropologia da civilização, que
culminou com O povo brasileiro (1997). De toda sua obra já foram impressas umas
150 edições em todo o mundo. Com o romance Maíra (1977), Tristão de Athayde o
colocou ao lado de Gonçalves Dias na história da literatura brasileira. Seus
projetos são igualmente grandes e ambiciosos. Criou, junto com o Marechal
Rondon, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que deu origem à Funai; organizou
uma nova escola básica e uma nova universidade; fez, junto com Niemeyer e
Brizola, o Sambódromo (RJ), logo copiado em todo o Brasil.
Para
arrematar, tem um feito que poucas pessoas sabem: sua participação decisiva na
instalação da sede permanente do Parlamento Latino-Americano no conjunto
arquitetônico do Memorial da América Latina, em São Paulo, em 1993. Com a
finalidade de dar continuidade aos seus ideais e preservar sua memória, deixou
a Fundação Darcy Ribeiro organizada e em boas mãos, com sede no Rio de Janeiro.
Florestan Fernandes (1920 1995)
Florestan
Fernandes foi um militante do ensino democrático. nasceu na cidade de São
Paulo, de origem pobre, estuda com dificuldade e destaca-se pela disciplina e
esforço. Torna-se professor da Universidade de São Paulo (USP) na década de 40,
sendo afastado pelo regime militar em 1969. A partir daí passa a lecionar em
universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Denuncia a marginalização do
negro na sociedade na tese A Integração do Negro nas Sociedades de Classe (1964).
Dedica-se, também, ao estudo das sociedades indígenas, da educação e da
modernização, além da análise crítica da sociologia. Aborda o processo
revolucionário latino-americano em Capitalismo Dependente e Classes Sociais na
América Latina (1973).
Em 1975
escreve A Revolução Burguesa no Brasil, sobre as classes dominantes do país e
sua resistência às mudanças históricas. Volta ao Brasil em 1977, passa a
lecionar na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), a partir de
1979, retornando à USP em 1986. É considerado o fundador da sociologia crítica
no Brasil. O sociólogo não só refletiu sobre a Escola brasileira, apontando seu
caráter elitista, como também atuou pessoalmente em defesa da Educação para
todos. Além da atividade acadêmica, destaca-se pela militância política de
esquerda, elegendo-se deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em
1986, para a Assembléia Nacional Constituinte, e em 1990. Morreu em São Paulo.
Mestres Brasileiros
Anísio,
Paulo, Darcy e Florestan foram os principais pensadores pela Educação aqui no
Brasil. Há outros mestres que também escreveram seu nome na história da
Educação Nacional, e podemos citar os seguintes: Manoel Bergström Lourenço
Filho, Helena Antipoff, Fernando de Azevedo, Pascoal Lemme, Durmeval Mendes,
Cecília Meireles, Aparecido Joly Gouveia, Rui Barbosa, Padre Manoel da Nóbrega,
Edgar Roquette Pinto, Gustavo Capanema, Alceu Amoroso Lima, Antônio de Sampaio
Dória, Antônio Ferreira de Almeida Júnior, Armando Álvaro Alberto, Celson Sukow
da Fonseca, José Getúlio da Frota Pessoa, José Joaquim da Cunha de Azevedo
Coutinho, José Mário Pires Azanha, Manoel José Bonfim, Nísia Floresta, Valnir
Chagas, Júlio Mesquita Filho, Bertha Maria Júlia Lutz, Heitor Villa-Lobos,
Irineu Guimarães e Humberto Mauro.
Fonte: http://www.webartigos.com/artigos
Organização da postagem: Profª Lourdes Duarte
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